Um empresário inquieto, que não compreendia o que estava acontecendo com sua equipe: apesar de receber vários benefícios e um excelente salário, a equipe se mostrava desmotivada e sem apresentar resultados.

Por meio da simulação estrutural foi observado que o grupo estava ainda profundamente vinculado a uma ex-integrante da equipe que havia sido demitida.

Existia, em relação a essa pessoa, uma certa lealdade. De forma inconsciente, o grupo acreditava não ter o direito de continuar motivado sem a presença da antiga colega, seria como uma forma de traição.

Uma vez descortinado o que até então estava oculto, trazendo consciência e clareza sobre os porquês das posturas que estavam sendo adotadas, o passo seguinte foi incluir nesse sistema a antiga funcionária, por meio do reconhecimento desse empresário diante a sua equipe.

Ele ficou de falar na próxima reunião o quão importante havia sido a contribuição da ex-integrante durante o tempo em que ela esteve em sua equipe.

Após essa conduta, o empresário compartilhou o quanto esse simples gesto de reconhecimento resgatou a dinâmica positiva do grupo, alcançando novamente bons resultados.

Um cliente, apesar de todos seus esforços, não alcançava o tão almejado sucesso no trabalho.

O que se apresentou na simulação e obtivemos como diagnóstico foi uma lealdade inconsciente ao seu sistema familiar.

O pai desse cliente, apesar de muito esforço, fracassou nas várias tentativas de prosperar em seus negócios.

Inconscientemente, o cliente não se sentia no direito de ser bem sucedido, numa tentativa de estabelecer uma lealdade com o pai.

Reconhecido o padrão de comportamento, fica a cargo do cliente escolher o que fazer diante dessa nova informação: alcançar o sucesso que ambos desejavam ou continuar fracassando numa tentativa inconsciente de ser “fiel” ao seu pai?

Podemos ver o quanto um antigo padrão familiar pode influenciar sua trajetória para o sucesso ou fracasso.

Após 20 anos trabalhando em multinacionais, que resultaram num “burnout” devido às jornadas de trabalho extremamente longas e chefes abusivos, uma mulher decide sair da CLT e abrir seu próprio negócio.

Ela resolveu procurar o meu trabalho para compreender porque, apesar do excelente trabalho realizado ao decidir empreender, o negócio não se sustenta por muito tempo, passando por vários altos e baixos.

No Diagnóstico foi percebido que a cliente colocava sempre os pais, a irmã, a filha e trabalho na frente de tudo, esquecendo dela mesma.

Somado a isso, ao presenciar a forma como sua mãe enxergava e se relacionava com o trabalho – como uma luta, sacrifício e autocobrança – fez com que ela seguisse esse mesmo perfil.

Foi então que ela descobriu que não precisa se responsabilizar por todos. Que ela poderia deixar que cada membro da sua família cuide de si. Assim, no seu lugar, ela pôde sentir o alívio de levar apenas o que é seu, sem culpa.

Outro ponto importante que a cliente percebeu é que, por meio do seu atual negócio, ela poderia construir sua própria visão do que é o trabalho, não mais se identificando com a visão de sua mãe e obtendo, dessa forma, resultados satisfatórios em todos os níveis de sua vida.

Ter consciência do que foi descortinado na sessão trouxe para essa cliente a possibilidade de mudança de postura em relação a ela mesma, aos membros de sua família e, principalmente, aos resultados do seu novo negócio.